17 de fev. de 2013

Leila Diniz

A nova fase da minha vida coincide totalmente com a volta da vontade de escrever e também tem a ver com LEILA DINIZ.
 Mas por que nova fase? Porque me sinto renovada, mais forte, mais feliz e com mais foco nos meus objetivos.
Por que escrever? Porque a escrita me dá prazer, criatividade e estimula essa renovação pois, no momento em que escrevo faço inconscientemente um exercício de autoreflexão e isso é maravilhoso para este novo momento.
E Por que Leila Diniz? Primeiro,acho que " estar Leila Diniz" ( porque ela para mim é mais que uma pessoa e sim um wayoflife ) é estar segura em sim, e isso só se consegue com um processo de autodescobrimento.


Antes de falar da Leila , quero falar da fase "não Leila". A fase " não Leila" era a que eu passava 365 dias da minha vida me importando com a opinião alheia, ou seja, eu simplesmente não era eu. Nessa época tentava me adaptar aos padrões estipulados pela sociedade e pelos os dos meus núcleos de convivência dos quais, eu não me sentia inclusa em nenhum e que me fazia sentir um vazio, uma inadequação, uma verdadeira aberração diante aos que me rodeavam. Acreditava que características da minha personalidade eram " desvios de conduta" e não  características únicas e peculiares que me faziam ser esta pessoa diferente, porém, interessante que sou . Que, ao invés de aplaudir o meu diferencial e utilizar isso como um beneficio, eu tentava me ofuscar, me diminuir diante aos processos comparativos que são sempre feitos quando estamos querendo nos incluir em um grupo. Enfim, depois de tanto tempo me caricaturando , eu simplesmente não me via. Quem é essa pessoa ? Será que realmente é essa felicidade ( se é que se pode chamar de felicidade) que quero para minha vida? Foi aí que entra a Leila...



SER VOCÊ MESMA É COISA MAIS DIFÍCIL DO MUNDO

Isso mesmo. Já começo impactante. Sim é muito difícil mas é coisa mais deliciosa do mundo. Chega a dar tesão de tão bom. Mas por que então é difícil ? Simplesmente porque somos seres humanos egocêntricos e quando você é você mesma, mais de 1 milhao de pessoas não irão gostar e irão te criticar. Ah !!Então o problema não é ser você mesmo mas sim, ter a sabedoria de FILTRAR a crítica e ter a confiança de que a sua escolha é a melhor. Nesse momento, se você não estiver firme nos seus preceitos entra a vontade maravilhosa de se incluir a um padrão social, pois, você não será você mas pelo menos não vai precisar ser forte o bastante para bater de frente com a crítica.


LEILA 

Quando comecei a ler sobre a historia da Leila Diniz, foi uma reação tipo assim: " Gente, não tem nada demais sentir prazer e ela já dizia isso à 30 anos atras!" . Mas como Elis dizia :"ainda somos os mesmos e vivemos como nossos paaaaais". Leila, botou em cheque a questão do PRAZER, do SEXO, de ser FELIZ. E a felicidade de Leila estava focada NELA MESMA, em seus valores e certeza. Ela já se completava ( e para mim essa é a chave) e não esperava no OUTRO o aplauso mas sim, no que era certo para ela! ( nossa! Como escrever isso é libertador ) . Ela queria ser FELIZ e se isso iria desagradar o resto das pessoas : problema!!!. Mas, ela não abdicou do seu modo de felicidade para ser aceita pela sociedade. Isso foi um divisor de águas para mim!

 "Sempre andei sozinha. Me dou bem comigo mesma"

                                           

 O que dizer dessa frase de Leila? É meio que o poder está com você . Gatan, Gato! Vc é uma delícia e só você sabe a delicia e a dificuldade de ser você mesmo. Então, isso foi primordial para minha renovação. Tipo assim, não se importar com os comentários de estranheza dos outros quando você disser que vai a uma exposição sozinha e não se sentir depre porque tem altos casais no cinema e você não está acompanhado e não se sentir forever alone por isso, pelo contrário, você está ( e muito bem ) acompanhada com você, amore!


              "Sei que me arrisco a solidão, se é isso que me perguntam. Mas, eu sei viver assim!"
                                     

 Essa foi a minha maior dificuldade para me aceitar. Parece até engraçado ao dizer " me aceitar" mas é isso mesmo. Ser você é aceitar o RISCO de não agradar e ponto. É se perguntar : o que para VOCÊ vale mais a pena? A sua satisfação ou a aprovação do mundo. Eu optei pela minha satisfação pessoal, mas gente, digo mesmo, foi sinistro. Deu MEDO, FRIO NA BARRIGA e outros sintomas... Porque quando voce passa tanto tempo se importando com o outro e depois voce começa a refletir , essa mudança postural dá INSEGURANÇA, dá medo de : 1) Não vou ter mais amigos 2) Nenhum cara vai se interessar por mim 3) Quais serão as consequências de confrontar a minha família ,ou seja, medo da solidão. Aí, eu percebi que tudo que fazia antes era para me adequar aos desejos do outro e não estava sendo eu por essência e se agora eles não me aceitassem/ gostassem é por que eles não gostam da real Aline ( e é essa que realmente importa )e mais, se eu for firme no que eu sou e ainda houver quem aceite/goste são essas pessoas que são ideais para mim.
 Bem, percebi que ter mil pessoas em volta mas não se reconhecer nas suas atitudes , no seu modo de agir é viver em um mundo ilusório e que é melhor viver com pouquíssimas ou até ninguem a sua volta mas viver em um mundo real, saudável em que você está satisfeita! Até porque, sozinha você não estará pois você é a sua MELHOR companhia. Com isso, me identifique com a frase de Leila . É aprender a ser você.




"Viver, intensamente, é você chorar, rir, sofrer, participar das coisas, achar a verdade nas coisas que faz. Encontrar em cada gesto da vida o sentido exato para que acredite nele e o sinta intensamente. "(Leila Diniz)
                                                               

REATIVANDO O BLOG

REATIVANDO MEU BLOG DEPOIS DE 3 ANOS!!!

3 de jun. de 2010

Por Não Estarem Distraídos

Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que por admiração se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles.
Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque – a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras – e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração.
Como eles admiravam estarem juntos! Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto.
No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram.
Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios.
Tudo, tudo por não estarem mais distraídos.

Clarice Lispector


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"Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram."

17 de dez. de 2009

30 de ago. de 2009

E se você for a Rua do Lavradio...

Ouça, aprecie e dançe os ritmos latino-americanos!

Todo primeiro sábado do mês, há uma apresentação de um grupo formado por músicos que interpretam o ritmo vibrante da conga, tocado nos carnavais cubanos que tem por característica uma base rítmica com tumbadoras, bumbos e campanas, unidos a uma linha melódica executada por instrumentos de sopro e vozes.

Esse grupo é o Bloco de Conga.

Obs. :Eles ensaiam na Fundiação Progresso e quem quiser no dia de semana pode passar lá e dar uma espiadinha.

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Vibrante, contagiante e sensual são um dos vários adjetivos que podem caracterizar este ritmo. A "vibe" gerada por este grupo é única. Nossa, vale a pena. A cultura musical latina é envolvente e agita os que estão a sua volta.
Vá sozinho ou com amigos, mas, não deixe de ir.

26 de ago. de 2009

Rua do Lavradio






Localizada no bairro do Centro, começando na Rua do Riachuelo e terminando na Rua Visconde de Rio Branco.

A Rua do Lavradio, é apontada por arquitetos e decoradores,e possui no decorrer da rua, lojas bacanas, nada empoeiradas, que só vendem peças de design, principalmente mobiliário moderno brasileiro.

Em 1996 criaram, aos sábados, uma feira de antiguidades que inevitavelmente acabava em roda de samba. A partir daí a rua renovou-se, ganhou melhoramentos urbanos e iluminação, virando atração turística. Considerada como centro histórico do Rio, conta, hoje, com concorridos bares e restaurantes.

A tradicional Feira Rio Antigo, na Rua do Lavradio, ocorre no primeiro sábado de cada mês.
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"Particularmente, eu adorei a Rua do Lavradio. Cheguei lá por acaso, pois estava a procura de livros e fui buscá-los nos grandes sebos existentes no centro da cidade carioca.
É uma rua fabulosa, bem rica culturalmente e você sente ao atravessá-la, a boemia, a história e as particularidades do rio antigo."